
O último minuto de 2008 terá 61 segundos para corrigir uma pequena anomalia entre os relógios atómicos e o tempo astronómico, baseado na rotação da Terra.
Os segundos intercalares são usados para manter alinhado o Tempo Universal Coordenado (UTC) com as escalares astronómicas variáveis GMT e Hora Universal (UCI).
A União Internacional de Telecomunicações propôs abolir estes segundos intercalares e acrescentar, em troca, uma hora a cada 600 anos aproximadamente, informa o semanário New Scientist.
Isto teria repercussões importantes para o Reino Unido, pois a hora referida ao meridiano de Greenwich (GMT) perderia o seu actual estatuto internacional como a região na qual a hora local coincide com a hora universal através da qual se acertam todos os relógios.
Esta zona de hora ou tempo universal iria deslocando-se para o leste em direcção a Paris durante centenas de anos antes de voltar outra vez para Greenwich, localidade próxima a Londres.
A mudança proposta significaria também que, pela primeira vez, a hora oficial não estaria vinculada à rotação astronómica da Terra.
Em vez de segundos, minutos e horas serem reguladas pelo tempo de rotação da Terra, seriam medidos exclusivamente pelas oscilações de átomos de césio.
«Esta mudança teria profundas implicações culturais», afirma Robert Massey, da Royal Astronomical Society.
Também teria implicações para os astrónomos, que teriam que modificar o software operacional dos seus telescópios.
in Diário Digital
1 comentário:
Curiosamente a hora portuguesa também é a do Meridiano de Greenwich (GMT) embor o meridiano na passe po Portugal.
Lembro-me de passar o Meridiano numa autoestrada em Espanha a caminho de Andorra. Estava assinalado com um arco em cima da autoestrada...
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