
É a partir de O Lótus Azul que surge de forma recorrente toda a família de personagens que acompanham as aventuras de Tintim: o inseparável cão Milu, o capitão Haddock, com os seus insultos criativos (os especialistas contam mais de duas centenas de insultos e exclamações diferentes, incluindo "com mil milhões de macacos", "súcia de tolos", "ciclocitrão" e "cordeirinho mascavado") ou as figuras quase, quase idênticas de Dupont e Dupond, entre vários outros.
O último álbum foi publicado em 1976. Hergé manifestou o desejo de que não houvesse seguimento da série após a sua morte, em 1983. O desenho rigoroso, de traço simples, e a forma como a cor é utilizada tornaram Tintim o exemplo clássico da chamada "linha clara" da banda desenhada, que inspirou muitos outros desenhadores.
Venderam-se, até hoje, mais de 200 milhões de álbuns de Tintim em mais de 60 línguas. Em 1999, os leitores do jornal francês "Le Monde" incluíram O Lótus Azul na 18ª posição entre os 100 livros que marcaram o século. Tintim foi adaptado ao cinema várias vezes, e prevê-se para 2010 a estreia de uma nova adaptação, com realização de Steven Spielberg.
Tintim chegou a Portugal em 1936, com Aventuras de Tim-Tim na América do Norte, publicado ao longo de vários meses na revista "O Papagaio", com edição e tradução de Adolfo Simões Müller. Nos anos 60, as histórias de Tintim passaram a ser publicadas numa revista com o mesmo nome. A edição em álbum começou apenas nos anos 80, já que até aí os direitos em língua portuguesa eram de uma editora brasileira.
in sapo.pt
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